quinta-feira, 23 de junho de 2016

Livro - A Seleção - Kiera Cass

Sabe aquele livro que você quer comprar sem nem ler a sinopse? Que só pelas informações da capa você já sente que vai ser bom? Foi isso que senti quando vi este livro pela primeira vez. Onde mais eu poderia encontrar 35 garotas lindíssimas, disputando um príncipe? Sem contar que capricharam nas capas de todos os livros (e querendo ou não, a gente acaba comprando livros pela capa, sim!).
Não sei se foi o desespero da curiosidade ou se a história era mesmo muito boa, mas o li em menos de 48 horas. Claro que procurei por spoilers faltando 3 páginas para acabar se não não seria eu. E gostei muito do que li.
Um ponto que me chamou a atenção foi o contexto histórico em que a trama se passa. Este universo distópico, acontece após a Quarta Guerra Mundial. O país de America Singer, Illéia, que se fundou onde costumava ser os Estados Unidos, é jovem e com leis muito rígidas. Há quem diga que se assemelha à Jogos Vorazes, mas eu achei que não tivesse nada em comum. Até participar da Seleção é facultativo, portanto as leis são um pouco mais "leves" que em Panem e ninguém está se matando. Realmente parece ser um país querendo dar certo e manter a ordem... do jeito deles, claro. A sociedade é dividida em castas, do Um, a família real, até o Oito, mendigos e andarilhos. Gostei deste livro por não trazer apenas os rostinhos bonitos das moças disputando pelo coração do príncipe, - algo que é meio machista, mas você muda de ideia lendo - trata também da parte social.
America é uma jovem musicista da casta Cinco, portanto, a alguns degraus da pobreza. Claro que já ganhou meu coração de cara só por ser musicista. Tem uma família grande de artistas e o fato de receber a carta para concorrer a uma vaga na Seleção, assim como todas as moças jovens do país, atraiu o interesse de seus familiares. A Seleção não beneficiava apenas a Selecionada, sua família seria recompensada também. Entretanto, o coração de America já está ocupado... Aspen, um rapaz muito fofo e esforçado que também a ama. O problema é que ele é um Seis. A vida de ambos é bem difícil e qualquer possibilidade de melhorá-la deve ser considerada. Contrariada e a pedido de Aspen e sua família, America se inscreve e para a surpresa de todos: é selecionada. Quem não selecionaria uma ruiva???
Sabemos o que acontece, não é meninas? O príncipe Maxon não poderia ficar atrás. É um rapaz inocente e atencioso, - além de ser um príncipe, né? Lindo de morrer. - que te conquista desde o primeiro momento. Ao conhecer melhor o príncipe, America começa a pensar no que sua vida se tornara e no que realmente queria.
Enfim, não posso revelar demais, pois seria spoiler, mas recomendo 837164761893812 vezes a leitura. Ainda mais se você for fã de romance. O livro é cheio de cenas que você vai dizer "whaaaat?" ou "comassim?". Tem bastante surpresas, mesmo sendo um romance fofinho. Além de às vezes você sentir a vontade de bater em algum personagem por um motivo bobo aqui e ali, você vai esboçar um sorrisinho todas as vezes que um dos dois mocinhos aparecerem. Sem contar que a America é uma graça, humilde e preocupada com todo mundo sem ver casta. O único ponto negativo que alguém pode encontrar é a indecisão dela em alguns momentos. Mas também, não é pra menos, né? Os dois são incríveis do seu próprio jeito. Um amor, simplesmente!


De sua eterna escritora,
Vick Ventlando.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Fênix

Será que existe algo tão estranho quanto o recomeço? Você sabe que já fez isso antes, mas mesmo assim parece a primeira vez. Palavras não surgem. Pensamentos se vão e principalmente: a vontade nem sempre é suficiente. Acho que este último item me prendeu por muito tempo em alguma coisa que luto até hoje para descobrir o que é. 
Escrever. Escrever. Queria demais escrever. Mas ao mesmo tempo não queria. Este blog passou por fases difíceis. Mais de 7 anos de existência e mesmo assim, pouco tempo de vida. Não lhe dei a devida atenção e isso me fez infeliz. Claro, não completamente, mas sentia que devia continuar a escrever. Talvez apenas tentar. Resolvi que mesmo que sem leitores, voltaria a postar. Na verdade, nem penso muito sobre isso. 
Apaguei minhas últimas postagens. Não por medo de alguém ler, mas por querer esquecer a tristeza que sentia enquanto escrevia tudo aquilo. Em minhas últimas postagens mencionei tudo o que me deixava infeliz e estava dando adeus ao blog... Depois de ter o privilégio de conhecer o amor - VERDADEIRO DE VERDADE DO FUNDO DO MEU CORAÇÃOZINHO JUVENIL-, posso afirmar que não entendo o que sentia naquela época. Era tudo tão vazio e de repente, uma explosão de vida entrou em meu universo - como jamais havia acontecido - e mudou cada pedacinho do meu ser. Costumava pensar que mudanças eram difíceis, chatas e terrivelmente ruins, talvez seja pelo fato de ter me mudado 19 vezes, mas algo em mim precisava ser mudado. E mudou. Hoje eu sinto que minha vida não é apenas minha e a vida dele, também não pertence só a ele. Parece que não existiu nada antes daqueles olhos com expressão sorridente e o futuro é um presente misterioso. Abandonei vícios, mudei ideais, encontrei novos sonhos e agora, tenho a motivação mais linda de todas.
Estou escrevendo isso, caro leitor, pois passei por um período muito triste e problemático envolvendo depressão e síndrome do pânico por bastante tempo. É interessante dar uma explicação, já que nunca deixei claro o motivo de estar desistindo de escrever. Para mim, era impossível olhar nos olhos das pessoas, conversar em voz alta e fazer essas coisinhas que fazemos despercebidamente, sabe? Era desesperador sair de casa e mais desesperador ainda ficar trancada
Perícia típica do Henrique, claro. s2
em meu quarto. O silêncio se tornava ensurdecedor e eu não sentia a mínima vontade de escutar outra coisa. Não achava graça de mais nada, não assistia TV, não ligava o computador, não visitava amigos, não me olhava no espelho, não comia, não bebia, nem respirava direito. Me acostumei com isso. Não via mais sentido na minha existência e a ideia de deixar de viver também parecia muito trabalhosa e chata. Isso pode parecer bem dramático e, de certo modo, infantil. Mas é mesmo. Minha tristeza não veio por um amor não correspondido ou algo do tipo, veio de algo muito mais destruidor que isso. Estes anos me deixaram sequelas, coisas que parecem ser incuráveis, mas sinto que não me ameaçam mais. Por uma simples razão: descobri que não se pode fazer tudo sozinho. Enfim, fui salva por um príncipe em um cavalo branco, realmente. 
Essa é uma versão bem breve do que aconteceu em minha humilde vida destes últimos quatro anos. Estou feliz em estar de volta. Estou feliz de verdade. Nem sei sobre o que vou escrever, mas vou me esforçar para que a falta de vontade ou o desânimo não me vençam mais uma vez. Prometo não ser tão melancólica nas postagens e voltar a ser a anormal, digo, extraordinária, de sempre kkkkkk
Quem sabe este blog não é uma fênix esperando sua hora de ressurgir das cinzas? Acho que já sei qual será o nome da postagem...


Beijos, de sua eterna escritora,
Vick Ventlando.